Doriel Barros

Doriel Barros
Saloá

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Fetape e trabalhadoras/es rurais participam de palestra do economista Eduardo Moreira na ALEPE

Foto: Arthur Marrocos 
O economista e professor Eduardo Moreira veio ao Recife nesta segunda (29), a convite da Comissão Especial da Reforma da Previdência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), presidida pelo deputado estadual Doriel Barros, para falar sobre o tema A Reforma da Previdência e seus impactos. A Fetape mobilizou trabalhadores e trabalhadoras rurais de todas as regiões de Pernambuco para participar do evento realizado no auditório Sérgio Guerra da Alepe. Também estavam presentes representantes de movimentos sociais e sindicais e da Igreja do Estado, além do conjunto de diretorias da Fetape. 
Durante cerca de 50 minutos, o economista tratou de aspectos cruciais da PEC 06 da Reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro. Ele lembrou que essa é a primeira vez que o país vive uma discussão de interesse de 100% de brasileiros, sejam trabalhadores/as do campo ou urbanos. Enfatizou a jornada de trabalho de camponeses/as que começam a trabalhar no campo aos 7 anos de idade, e a injustiça de comparar o tempo de contribuição destes com trabalhadores urbanos. “São pessoas que põem mais de 80% dos alimentos na mesa da família brasileira. Pessoas que dependem de fatores que elas não controlam, como a chuva”, disse Moreira.
Eduardo também destacou a importância da unidade neste momento da atual conjuntura do país, tendo em vista o modelo ultraliberal de governo que tem o intuito de dissolver sindicatos, reprimir reuniões e cortar direitos individuais. “Se você dá a um trabalhador rural a terra, em dois anos ele não vai mais precisar do Estado. Por que ele vai produzir, vai ter o alimento dele. Ele tendo aquele pedaço de terra ele vai transformar isso. Mas não é isso que esse Estado quer. Por isso a taxa de juros dos bancos é alta no Brasil. Para que o pobre não tenha acesso à terra, aos meios de produção. Que país triste a gente tem”, lembrou.

Nas falas da plenária e de parlamentares foi unânime a necessidade de ocupar as ruas para protestar contra a aprovação da PEC 06. A convocatória dos movimentos sociais e sindicais e de todos e todas participarem da mobilização dos professores/as no dia 15 de maio, e da greve geral nacional prevista para junho.

Para o economista, a perspectiva da Reforma da Previdência proposta pelo governo é de migrar da proteção social para a assistência social da iniciativa privada. A Reforma, caso aprovada, violará o artigo 194 da Constituição Federal de 1988, cujo texto trata da seguridade dos direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, de maneira uniforme para as populações urbanas e rurais. Ou seja, os bancos privados serão os mais favorecidos com a aprovação da Reforma. Enquanto trabalhadoras e trabalhadores, aposentados/as, pensionistas, mulheres rurais vão sofrer mais um golpe de perda de direitos.

Estiveram presentes ao Seminário a presidenta do PT Nacional e deputada federal, Gleisi Hoffmann e o deputado federal Carlos Veras.  A deputada estadual Teresa Leitão e o deputado estadual João Paulo, que integram a Comissão Especial da Reforma da Previdência, também compuseram a mesa dos parlamentares.

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